Sónia Veloso Lima
O momento que vivemos é de exceção e como tal, implica comportamento de exceção da nossa parte. Se nos pedem isolamento e contenção social, mais não nos resta do que acatar e deixar as reclamações para tempos oportunos. Isto aplica-se, na minha opinião e sem qualquer exceção, aos regimes de responsabilidades parentais em vigor. A realidade que vivemos não se compadece com guardas partilhadas, jantares semanais ou fins de semana alternados. Confinamento impõe que as crianças fiquem temporariamente (enquanto o estado de emergência o impuser) apenas com um dos progenitores, evitando-se mudanças para outros lares e convívios com outros familiares e amigos. Isto é adaptar provisoriamente e proporcionalmente as nossas vidas às exigências da saúde pública, da qual todos nós somos titulares.
Não sejamos egoístas e defender o estado de emergência para uns fins e, de seguida, esquecê-lo para reclamar o direito a estar com os filhos. Sejamos lúcidos que o momento assim o exige. Privilegiemos os contactos via Skype, por exemplo, que não sendo a mesma coisa, são o possível à data.
Para finalizar, não se esqueçam que as obrigações de pagar as pensões de alimentos não estão de quarentena e são sempre devidas.
Tudo uma questão de bom senso e lucidez.