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Cultura, Literatura e Filosofia

“COMO VENTO SELVAGEM”

Raquel Evangelina

Estar confinado em casa significa ter tempo para algumas atividades que na correria do dia-a-dia costumamos descurar. Entre essas encontra-se, por exemplo, a leitura. E é uma sugestão de leitura que trago na crónica de hoje. Para os amantes de livros, como eu, o nome Sveva Casati Modignani é bastante conhecido, principalmente no público feminino. Descobri-a nos meus primeiros anos da adolescência com o livro “Baunilha e Chocolate” e nunca mais parei.

O que mais gosto na autora é que, para além de escrever histórias apaixonantes, tem sempre mulheres como personagens fortes e independentes mesmo em épocas em que estas tinham que ser submissas à vontade dos homens. Também nos leva, através da sua escrita descritiva, a viajar por Itália como se conhecêssemos os lugares e estivéssemos nós a passear pelos campos da Toscana, a beber um café numa praça de Milão ou numa viagem de carro pelo sul do país.

O título que sugiro, o último que li, é “Como vento selvagem” cuja sinopse é: “Mistral Vernati, o grande campeão de Fórmula Um, está em coma no hospital, depois de um terrível acidente na pista de Monza. Enquanto Mistral luta pela vida, uma pequena multidão de personagens move-se à sua volta, com motivações diversas e nem sempre confessáveis. Maria, a companheira, o seu primeiro e único amor; a mãe, que nunca conseguiu compreender as suas opções de vida, mas para quem ele era a sua razão de viver; Chantal, a mulher que nunca o libertou de um casamento falhado, e que mesmo naquele momento dramático só pensa em arruiná-lo; os filhos, Manuel e Fiamma. Entre recordações e segredos, descobriremos a verdadeira história de Mistral e Maria.”

Com este livro a autora continua com a sua escrita cativante, com idas e voltas ao passado das personagens, para se descobrir como tudo se desenrolou para culminar nas escolhas atuais das mesmas. Creio até que é esta a linha principal do romance. Mais do que nos narrar o que está a acontecer no presente a autora vai recuando nas memórias dos personagens principais e explicando de que forma o seu perfil e a sua forma de viver foram moldados para a atualidade. Com as idas ao passado vamos descobrindo os segredos dos intervenientes e a vida que eles próprios achavam esquecida.

Tem também o factor adrenalina, tendo em conta que retrata o mundo da Fórmula 1 na época dourada da modalidade.

Fica a minha sugestão e faço votos de boas leituras!

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