Vera Costa
A vida humana decorre num mundo em que o stress é um fenómeno comum e familiar. Este, é uma resposta adaptativa dos seres humanos que contribui, de certo modo, para a sua sobrevivência, para um adequado rendimento nas suas actividades e para um desempenho eficaz em muitas situações. Esta resposta pode tornar-se nociva quando se trata de níveis de stress excessivos e difíceis de controlar, cujo as consequências podem-se repercutir a nível físico, psicológico e comportamental. Na atualidade, o grande desafio do Homem moderno é obter o maior rendimento possível sem prejuízo para a sua saúde. Vivemos numa época de competitividade, traçando objetivos por vezes irreais, sendo cada vez mais difícil encontrar equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, a produtividade e a saúde. E, quando um desses elementos não está em harmonia, a qualidade de vida fica prejudicada – sofre a Pessoa, perde a Empresa e desgasta a Família. Todos os estudos na área referem que o stress é um desequilíbrio físico e mental. Se este mesmo desequilíbrio for restabelecido num curto prazo de tempo, não há dano para o organismo. Mas se tal não ocorrer, poderão surgir variadíssimas doenças e consequências graves para o Homem. Na Psicologia, o stress laboral denomina-se por Síndrome de Burnout, definindo-se como uma reacção à tensão emocional crónica gerada a partir do contato direto, excessivo e desgastante ou stressante com o trabalho. Esta patologia faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse relativamente ao trabalho, deixando o mesmo de ter importância, sendo que qualquer esforço da pessoa passa a ser percebido por si própria como inútil. Neste sentido, o Burnout, significa consumir-se em chamas, é um tipo especial de stress ocupacional que se carateriza por profundo sentimento de frustração e exaustão em relação ao trabalho desempenhado, sentimento que aos poucos pode se estender a todas as áreas da vida de uma pessoa.