Raquel Evangelina
A minha crónica desta semana é, novamente, sobre uma série da Netflix, desta vez, “As Telefonistas”. Tal como com a série brasileira “Coisa mais Linda”, que abordei numa crónica recente, também esta, foca-se em mulheres e na sua luta pela igualdade de direitos.
Segundo a sinopse “Na cidade de Madrid nos anos 20, quatro mulheres da Companhia Telefónica Nacional lideram a revolução enquanto lidam com o amor e a inveja, num meio profissional moderno.”
A introdução feita pela plataforma, por si só, não atrai nem desvenda tudo o que “As Telefonistas” têm para oferecer. A série passa-se nos loucos anos 20 e vai-se deslocando ao longo das temporadas até ao fim da guerra civil. Durante esse espaço temporal, de cerca de 20 anos, vamos conhecendo melhor cada uma das quatro personalidades das personagens principais e as suas lutas.
São abordados temas como a violência doméstica, a opressão, a identidade de género e o feminismo. Há ainda espaço para crime, o que torna a série mais intrigante. E há, sobretudo, lugar à amizade e união de quatro mulheres, de origem e bases completamente divergentes, que a vida uniu numa central telefónica e que as circunstâncias e desafios diários acabam por unir para o resto da vida.
A Lídia, a Angeles, a Carlota e a Marga não são reais. Não existiram. No entanto, são uma homenagem às primeiras telefonistas de Madrid e a todas as mulheres que, na altura, reivindicaram os seus direitos.
Se gostam desta temática, ou do contexto histórico envolvido, a série merece, sem qualquer dúvida, uma oportunidade da vossa parte.