Isabel Pinto da Costa
Cada vez existe mais a procura do corpo perfeito, entre os jovens, essencialmente na população feminina, da imagem perfeita, que apenas é percecionada pelas mesmas! E fazem dietas, ou melhor, loucuras alimentares, que segundo o senso comum não lembram a ninguém, para obter o que elas descrevem como corpo perfeito, a imagem ideal.
O que é isso do perfeito? Não é nada mais, nada menos, que uma imagem pré-concebida da sociedade do tempo moderno que idolatra corpos magros como símbolo de beleza e veste jovens de 14 anos e os põem a desfilar em marcas conceituadas. Como consequência, os jovens que estão em casa, projetam-se nesses ídolos!
Os pais, nas suas vidas tão ocupadas, não se apercebem dos ídolos dos seus filhos, que passam a ser estes modelos! O seu ideal de felicidade é usar roupas de tamanho XS, que é sinónimo de corpo perfeito.
A correria aos ginásios mudou de paradigma, já não acontece na véspera do verão, passando a ser uma presença diária dos jovens, pois, mais uma vez, procura-se a magreza, o corpo perfeito!
Não podemos cair no exagero da imagem, pois começamos a exibir perturbações do comportamento alimentar, como anorexia nervosa e bulimia. A anorexia está relacionada com a imagem corporal e o controlo do impulso alimentar e a bulimia é uma preocupação excessiva com a comida e o medo irracional de ficar gordo. As jovens que apresentam o culto do corpo podem enveredar por uma destas perturbações do comportamento, logo os pais têm de estar muito atentos para que isso não aconteça.
Tudo reside na autoestima, a forma como nós nos percecionamos, como nos vemos ao espelho. Temos de convencer os jovens a se verem de forma positiva, ou seja, como realmente eles são, com o corpo ajustado ao seu perfil psicológico, pois o seu desenvolvimento global é o conjunto dos dois.
O corpo, por si só, não define a pessoa, a pessoa é muito mais que um corpo. Quem gosta de nós vê para além do corpo! Quem não conhece a história da princesa e do sapo!?