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Saúde e Vida

STAYAWAY GRIPE – “APLICAÇÃO DA VACINA”

Ana Marinho Soares

Todos nós nascemos e crescemos partilhando com o vírus influenza os invernos, de uma forma banal e assumindo a gripe como uma maleita comum. Historicamente, o vírus influenza foi o responsável pela gripe espanhola, a pandemia de 1918 que “desapareceu” ao fim de dois anos. Especula-se que tal tenha acontecido por mutações do vírus que o “enfraqueceram” e também porque parte dos sobreviventes tivessem criado anticorpos.

A gripe, como a conhecemos hoje, caracteriza-se principalmente por febre, coriza, mialgias, mal-estar geral. As suas principais complicações são sentidas por doentes crónicos e por idosos. A vacina surge no sentido de proteger as pessoas em maior risco de desenvolver doença com gravidade.

Por este motivo, recomenda-se fortemente que a vacina da gripe seja feita por:

– Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos;

– Diabéticos e outros doentes crónicos e imunodeprimidos com idade igual ou superior a 6 meses;

– Grávidas;

– Profissionais de saúde ou prestadores de cuidados.

É ainda recomendada a vacinação das pessoas com idades entre os 60 e os 64 anos.

Como as proteínas de superfície do vírus influenza sofrem alterações de ano para ano, a vacina da gripe apenas tem duração anual e no ano seguinte será necessário realizar uma nova inoculação.

É comum ouvir-se que “a vacina da gripe pode causar a própria doença”. Não é verdade. O que acontece é que a vacina da gripe, tal como outras vacinas, pode causar alguns efeitos laterais, como por exemplo alguma febre, mas sempre sintomas ligeiros.

Há ainda situações em que, apesar de se fazer a vacina, é possível ter gripe. Na base estará em causa a eficácia da vacina daquele ano (que depende por sua vez das características da vacina que “muda” anualmente coincidirem com as alterações do vírus naquele ano) e o estado de saúde geral do indivíduo.

Saliento que pessoas que já tiveram reação alérgica grave a uma dose da vacina da gripe ou que tenham alergia severa ao ovo, não devem fazer a vacina.

Se faz parte do grupo de risco talvez seja aquela pessoa que faz a vacina todos os anos, ou então talvez seja aquela pessoa que como até teve febre dois dias depois de ter feito a vacina da gripe “jurou que nunca mais”, ou então talvez seja aquela pessoa que “nunca fica doente por isso nunca quis fazer”.

Se faz parte do grupo de risco, talvez este ano queira fazer a vacina da gripe por medo da COVID-19. O meu conselho é que a faça sim, mas por “respeitinho” à gripe, e sem medo.

No ano passado já sabia que pessoas morriam com gripe, mas nem por isso tinha medo, pois não? Então, não perca saúde com o medo e concentre-se apenas em fazer o que está ao seu alcance, ou seja:

– Vacina da gripe (se tiver indicação)

– Manter distanciamento de segurança

-Higienização frequente das mãos

– Uso de máscara nos locais recomendados

E não me enganei, não. A verdade é que estas medidas implementadas para evitar a transmissão da COVID 19, são eficazes também para evitar a transmissão da gripe.

Resumindo e concluindo, Stay away gripe é uma “aplicação” que já estava ao seu dispor há muitos anos, e que anualmente há sempre uma nova “versão atualizada”, para si que faz parte do grupo de risco, porque as vacinas salvam vidas.

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