Cristina Cardoso
A castanha é uma fonte espantosa de nutrientes, nomeadamente vitaminas, minerais e compostos químicos protetores das células. Das vitaminas presentes na castanha é de realçar a grande quantidade de vitamina C.
Cerca de dez castanhas assadas (84g) fornecem 36% das quantidades necessárias de vitamina C, 14 % da tiamina necessária, 21% da vitamina B6 e 15% do ácido fólico e 17% da quantidade de fibra necessária diariamente. São isentas de glúten, podendo substituir os cereais com glúten, e assim fornecer energia de qualidade para os doentes celíacos, por exemplo.
Os hidratos de carbono presentes na castanha possuem quantidades apreciáveis de amiloses e amilopectinas, polissacarídeos que permitem o desenvolvimento da flora intestinal e a produção de cadeias de ácidos gordos de cadeia curta. Se a este facto, adicionarmos as substâncias indigeríveis (fibra) que estimulam a presença de bactérias probióticas benéficas no intestino, do género Bifidobacterium e Lactobacillus, encontramos na castanha os processos ideais para se reduzir a inflamação e as enzimas bacterianas fecais que podem estar na génese de alguns cancros do intestino. A presença de fibra pode ainda contribuir para a regulação dos níveis de colesterol e da resposta de insulina.
Quanto aos minerais, este fruto amiláceo fornece quantidades apreciáveis de cálcio, ferro, magnésio, potássio, fósforo, zinco, cobre, manganésio e selénio.
A castanha que pelas suas caraterísticas nutricionais pertence ao grupo «Cereais, Derivados e Tubérculos» da Roda dos Alimentos, é uma fonte espantosa de nutrientes que deverá integrar-se mais frequentemente nas nossas refeições, tanto em casa como na escola, podendo substituir o arroz, a massa ou a batata com frequência e com vantagens nutricionais, em particular nesta altura do ano.