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Saúde e Vida

MEDICINA DE CATÁSTROFES

Antonieta Dias
As catástrofes fazem parte da história da humanidade, cuja regularidade no seu aparecimento é muito incerta.

Todavia,  nestas últimas décadas o ritmo  de aparecimento tem sido mais frequente e as características  cada vez mais perigosas e destruidoras.
As causas destas mudanças são devidas aos factores climatéricos, à dimensão urbana, à conflitualidade e ao crescimento demográfico.
O Homem desde sempre mantém uma constante adaptação e uma interação permanente para conseguir viver e sobreviver num ambiente que lhe é cada vez mais adverso.
No século XVIII, o Homem mantinha uma atitude de resignação  perante as mudanças ambientais  aceleradas que ia vivenciando aceitando as catástrofes naturais como uma determinação impossível de prever e controlar.
A Natureza, as alterações climáticas devastadoras que surgiam nessa época faziam parte de uma estrutura  cuja rusticidade era aceite de forma pacífica na população em geral.
Porém,  com a Revolução Industrial, os avanços da ciência e da tecnologia o Homem deixou de ser resignado e começou a impor-se deixou de ter uma atitude de sobrevivência e passou a explorar os recursos naturais e o ambiente como uma necessidade para a obtenção da satisfação das suas necessidades de consumo.
A partir do Séc. XX com o crescimento populacional a subir em flecha em todo o mundo, associado a um desenvolvimento e expansão  das tecnologias da informação e da Economia  o Homem começou a ter um maior risco e  um grau de incerteza  muito elevado perante os fenómenos naturais  ( inundações, terramotos, ciclones), com grave carência  de recursos disponíveis para os combater.
Acresce ainda uma multiplicidade de factores  como o terrorismo, os conflitos armados, as guerras biológicas, a vulnerabilidade e a incapacidade de combater os perigos deixando o Homem numa situação de risco pois tornou-se um  alvo fácil  e frágil incapaz de conseguir resistir aos acidentes graves, aos desatres, ou às catástrofes.
As catástrofes são acidentes graves  inesperados, que provocam prejuízos materiais, e podem em muitos casos originar vítimas, destruindo assim o território  e a humanidade.
As catástrofes podem ser Naturais- geológicas( sismos, vulcões, ocorrências geomorfológicas), hídricas ( cheias-Inundações), climáticas ( ciclones, tornados, incêndios florestais, ondas de calor) ou Antrópicas – Acidentes ( transportes-viação, aeronaves, ferroviários), industriais ou outros e Sociais ( conflitos e epidemias).
Desde 2020 que vivemos uma tragédia  que passou a interferir com o curso normal da vida das pessoas, gerando danos materiais e pessoais.
As vidas que se perderam são irrecuperáveis.
Os sobreviventes irão  sofrer as consequências de uma debilidade económica.
Tudo aponta para um futuro incerto com mudanças estruturais profundas na era da globalização,  num mundo em permanente mutação à mercê de ameaças mais ou menos perigosas e devastadoras.
Na última década , as catástrofes naturais provocaram mais de 600 mil mortos, tendo sido afectadas por catástrofes naturais cerca de 2,4 milhões de pessoas.
Em suma, temos de ter planos de emergência, bem elaborados para  combater de forma eficaz as catástrofes, e estruturas adequadas para os implementar em tempo útil de forma a socorrer os sobreviventes eficazmente.
A evidência científica demonstra claramente a necessidade organizacional destas medidas de emergência cujo plano de ação deve ser assertivo.
Não podemos perder a esperança nem a  energia para agir bem e rápido.

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