Isabel Pinto da Costa
Afinal quem não tem irmãos? Ou quem realmente não tem, mas toda a vida desejou ter?! Os irmãos são aqueles “seres” especiais que num determinado momento da nossa vida podemos sempre contar. Ajudam-nos a minimizar os sofrimentos que temos, de modo a que eles não perdurem nas nossas vidas, que não nos deixem instáveis emocionalmente.
Os irmãos afetam para sempre o nosso desenvolvimento pessoal, senão vejamos: os irmãos mais velhos são vistos como modelos a seguir, como aqueles que vão interferir na criação do nosso autoconceito; os irmãos mais novos, são aqueles que nós iremos sempre proteger, desculpar e que nós vimos como os mais frágeis e que as descobertas deles passaram sempre pelos nossos ensinamentos.
Como temos irmãos podemos durante algum tempo demorar a fazer amigos, porque muitas vezes os irmãos preenchem esse papel e a pessoa não vê necessidade dessa procura do amigo, mas os irmãos depois vão fazer também este trabalho no sentido de ensinar que uma boa amizade é importante, para apoiar, para confiar, para se dar a conhecer e para o desenvolvimento pessoal.
Os irmãos fazem parte do puzzle da vida de quem os tem. Ninguém que tem irmãos consegue contar a sua história de vida ignorando a do seu irmão, porque ele vai estar sempre presente, pois eles encorajam-nos a desenvolver as nossas competências, a construir o sentido de “nós” e de “nosso” e ainda a sermos solidários. Ensinam-nos a não sermos egoístas, a fazermos sacrifícios, a sabermos partilhar.
Construa assim uma boa relação com os seus irmãos se for caso disso, porque eu costumo dizer que o meu património é extenso e rico e nesse património constam de certeza os meus três irmãos.