António Coito
Pensar, conceber e preparar definem o termo latino cogitare. Na verdade, aproximou-se a altura disso mesmo. Dentro de dois dias chega ao fim mais um ano letivo. Que grande aventura! Recordo-me nitidamente da abordagem que vos fizera, em Setembro de 2021 (escrevo o mês com letra maiúscula, dada a sua grandiosidade), quando partilhava convosco as minhas inseguranças, em função do agravar da situação pandémica e começo de uma nova etapa escolar – o secundário. Que universo tão rico. A minha vida adquiriu um novo sentido. Chegou a altura de pôr à prova as soft skills que procurei desenvolver ao longo do meu ensino básico. Concluí os meus objetivos com êxito. Escolher a área que gostamos, obviamente que é a alavanca para avançar com sucesso. Resultados excelentes para um iniciante nestas andanças e, o melhor, foi sentir o meu desenvolvimento pessoal e social. Várias foram as formas diferentes de pensar que me passaram a definir. Passei a ser mais rigoroso e a pensar que podemos dar sempre o nosso melhor, porque “o céu é o limite”, e a distância da terra ao céu ainda é longa. Como eu afirmara na conclusão do meu Projeto Individual de Leitura, de Literatura Portuguesa, da experiência do 10ºano, aprendi que «(…) Agora, mais do que nunca, acredito que podemos sempre fazer mais e fazer melhor, e será a humildade, a luta e a esperança que nos fazem evoluir enquanto seres humanos. Não existe nada perfeito! (…) », mas também « (…) Levo comigo a paixão pela Literatura Portuguesa, que não faz sentido sem a História (área que muito aprecio), e que me deixa realizado.(…)». Como vêm, sem a escolha desta disciplina bienal, o começo desta etapa não teria sido o mesmo.
Chegou a altura de planear este período de aproximadamente 3 meses, que costuma ser utilizado para descansar. Recarregar baterias está nos planos, mas tudo aquilo que me preenche vai ser uma realidade. Abastecer o stock de leituras, para me tornar repleto de experiências e viagens (sabendo nós a importância que a literatura assume neste processo), mas também a prática de exercício físico e pesquisa de alternativas virtuais e online, que me possibilitem uma construção de conhecimento eficaz e interativa. Defini, no meu mapa mental, que nestas férias quero evoluir muito. Quero ser ainda mais feliz, levando o meu dia a dia da maneira que me faz mais feliz. É certo que não vou fazer aquilo que as pessoas da minha idade gostam, mas quem disse que não estou a aproveitar a adolescência? Entendamos de uma vez por todas, em especial para os grandes teóricos da nossa sociedade (ironia da minha parte, claro) que aproveitar a juventude não tem de ser sinónimo de riscos, bebedeiras, saídas à noite, figuras tristes no meio da rua, entre outras experiências que caracterizam esta fase. Cada um de nós, embora sem controlo total nas decisões, tem o direito de decidir aquilo que concretiza e faz feliz. Ninguém, mesmo que tente, tem conhecimentos suficientes para afirmar aquilo que é certo ou não fazer. Entrei numa fase da vida que percebi que as escolhas terão sempre as suas consequências, e o rumo que tomarei e delimito nesta minha fase, acredito que terá frutos para colher, e poucos serão aqueles que vão cair e apodrecer.
Carpe diem!