António Coito
Mas que título paupérrimo! Falta de criatividade, na verdade. Como sou do contra, falar-vos-ei da palavra do meio – livros. Os livros, no quotidiano de um ser vindo do espaço como eu, assumem o seu cargo importante. Esta semana li 4 livros. Para os avaliar, utilizo uma escala de um a cinco. Em último lugar, com três pontos, ficou o livro A casa das portas vermelhas de Jorge Marques. Não fiquei muito motivado com o enredo da história. Perto de chegar às últimas 20 páginas, decidi dar por terminada aquela viagem. Logo a seguir, atribui 4 pontos a Eu Amo Você de Nilton e Um momento inesquecível de Nicholas Sparks. Pela primeira vez, não atribui 5 pontos a uma obra do Nicholas. Confesso que não senti a emoção habitual. Às vezes, quando lemos uma obra que nos enche anteriormente, ficamos um pouco exigentes na avaliação da obra seguinte, e acredito que possa ter sido esse o sucedido. O único livro com 5 pontos foi Os Cus de Judas de António Lobo Antunes. Mas que grande escritor! Já tinha tido a possibilidade de ler algumas das suas crónicas e esta foi a primeira obra de Lobo Antunes que li. Para além da construção da narrativa, a deambulação do soldado português em Angola, que me pareceu perfeita, houve dois aspetos que me fizeram ficar rendido à sua escrita. Os longos parágrafos e frases, bem como a inexistência de tempo cronológico na apresentação dos factos, mas também a sua linguagem sarcástica, o erotismo presente na mesma, nas descrições da figura feminina, e obscena, aquando a descrição de Salazar e respetivo regime. Assim, percebe-se que a leitura está a ser um dos meus passatempos mais comuns nestas férias. Tenho também estado a trabalhar em alguns cursos, nomeadamente, de italiano, espanhol e inglês (revisão de expressões de comunicação). Em setembro, iniciarei a minha viagem pelas línguas clássicas, iniciando o curso de latim – iniciação I. Estou felicíssimo e desejoso que chegue a data. Até lá, tento fazer aquilo que mais gosto e aproveitar estas férias ao máximo. Para a semana que agora inicia, tenho previstas algumas leituras, que serão lidas em paralelo com uma das mais temidas obras do secundário, Os Maias de Eça de Queirós. Já li a obra há uns tempos, mas acredito que ainda não tinha capacidade suficiente para interpretar uma obra tão rica, daí não ter apreendido alguns dos aspetos fundamentais da obra. Ora agora, que estou de despedida, mantenho o foco no descanso e na vida boa, porque estou de férias!