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Saúde e Vida

TENSÃO ALTA? E AGORA?

A hipertensão arterial(HTA), é uma doença caracterizada por elevação da pressão na parede das artérias, superior aos padrões considerados como normais.
A definição de pressão arterial surge quando o valor da pressão sistólica ( pressão máxima) é igual ou superior a 140 mm HG, e a pressão diastólica (pressão mínima é maior ou igual a 90 mm HG.
Estima-se que na Europa existe uma prevalência de 35-40% de hipertensos e em Portugal à volta de 42,6%.
Cerca de metade (50%)dos doentes hipertensos estão medicados e apenas 11,2 % estão controlados.
Existem estudos que apontam uma prevalência de hipertensão arterial nas crianças e nos adolescentes (04 e os 18 anos) que oscila entre 2.2 % a 13%.
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“Em 2015, 36% da população residente em Portugal, com idade compreendida entre os 25 e os 74 anos de idade, tinha hipertensão arterial (HTA), revela estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, com base em dados do primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF). Outro dos resultados indica uma prevalência de HTA estimada mais elevada no grupo etário mais velho (71,3%) e no sexo masculino (39,6%).

Os resultados deste trabalho indicam também que do total de indivíduos com HTA, 69,8% tinha conhecimento da sua situação de saúde e 69,4% referiu ter tomado medicação antihipertensiva nas duas semanas anteriores. Estas proporções foram mais elevadas no sexo feminino e aumentaram com a idade.”

Existem dois tipos de pressão arterial:

1-Pressão arterial primária ou essencial, cuja causa é de etiologia desconhecida cuja percentagem varia entre 90-95%.

2-Pressão arterial secundária oscila entre 5 a 10%, quando conseguimos identificar a causa da hipertensão arterial.

Existem alguns fatores que podem contribuir para o aumento da pressão arterial dos quais se destacam:

A Diabetes,

Uso de certos fármacos,

Dislipidemia,

O consumo excessivo de sal, açúcar e álcool

A obesidade,

O stress emocional,

O envelhecimento,

O tabaco,

Doença renal,

Síndrome de Cushing,

Feocromocitoma,

Contraceptivos orais,

Doença da tireoide e da paratireoide,

Apneia do sono.

A hipertensão arterial é uma doença silenciosa não dá sinais sendo um importante factor de risco para o aparecimento dos Acidentes vasculares cerebrais ( AVC), da insuficiência cardíaca, do “ataque cardíaco”, da doença vascular periférica, da insuficiência renal, da perda da visão, da disfunção erétil.

O diagnóstico é feito quando obtemos um valor (>= a 140/90 mm HG ), avaliada três vezes e com intervalos de 1 a 2 minutos.

A Monitorização Ambulatória da Pressão Arterial (MAPA), deve ser efetuada para fazer o diagnóstico definitivo.

A quantificação do risco cardiovascular é importante que seja feita para a estratificação do risco dos doentes com hipertensão arterial e para orientar o tratamento.

Recomenda-se que seja feita a avaliação do risco cardiovascular de acordo com o sistema de SCORE ( risco muito elevado, risco elevado, risco moderado, risco baixo).

A hipertensão arterial pode ser fatal quando tem instalação súbita e se associa a sinais e sintomas dos órgãos alvo ( cérebro, coração, rins).

Pode prevenir-se a pressão arterial com estilos de vida saudáveis: alimentação saudável (controlo da ingestão do sal do sódio e do açucar) , exercício, físico regular, abstinência do álcool e tabaco).

O sedentarismo e a obesidade, contribuem para o aparecimento da hipertensão arterial.

Quando diagnosticada a hipertensão deve ser tratada, sendo que a primeira abordagem deve incidir na mudança dos hábitos alimentares e no estilo de vida e se não resultar é necessário instituir o tratamento farmacológico anti-hipertensivo para a conseguir controlar.

Em suma, a hipertensão arterial é uma doença silenciosa, de alto risco cardio vascular, que quando diagnosticada, deve ser tratada e controlada, para evitar sequelas e evitar a mortalidade.

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