Nobel da Literatura 2021: Abdulrazak Gurnah. a Academia sueca volta a surpreender. Gurnah, tanzaniano, é autor do romance “Junto ao Mar”, publicado em Portugal pela Difel, em 2003. Vive em Londres e escreve em inglês. Nasceu em 1948 em Zanzibar. Chegou a Inglaterra, como refugiado, aos oito anos. Escreveu dez romances e o júri da Academia sueca considera-o um dos mais proeminentes escritores da literatura pós-colonial.
A respeito do Nobel da Literatura, escreveu, ontem, Valter Hugo Mãe: “Tenho pena que as instituições portuguesas e o meio literário pareçam esquecer o nome de Lobo Antunes quando se ponderam as possibilidades para um novo Nobel. Esquecer a obra de Lobo Antunes é, no mínimo, um tiro no pé. Portugal é, sim, grande o suficiente para mais além de Saramago. Não considero normal que se dê de barato “perdermos”, porque temos perdido para tantos autores bem menos interessantes e menos importantes do que António Lobo Antunes. Há no mundo mais tremendos autores, mas nem por isso me faltará juízo para reconhecer o que temos entre nós.”