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Cidadania e Sociedade

APRENDER A SER/TER CONSCIÊNCIA SOCIAL – A IMPORTÂNCIA DA EMPATIA

Ana Ferreira
Vivemos tempos conturbados, no rescaldo ainda de meses de incertezas e medos provocados pela pandemia. Foram e são tempos difíceis nos quais a capacidade do ser humano em adaptar-se a novas realidades, é diária e sistemática. As nossas vidas, o nosso mundo e o nosso dia-a-dia, tal como os conhecíamos, deixaram de existir. De repente, tudo mudou! E esta mudança não foi fácil. A capacidade de adaptação é fundamental e está interligada com a lei da sobrevivência. Cada um procurou adaptar-se e sobreviver de acordo com as  suas capacidades pessoais e aprendizagens sociais. Foram e são tempos muito exigentes para todos e, os quais requerem, uma enorme capacidade de consciência social e de empatia. O ser humano é um ser social, cuja importância em estabelecer ligações sociais é fundamental para o seu desenvolvimento e propósito. Ver o outro, como a si mesmo é imprescindível. Este deve ser o propósito. Mas na realidade, não é isso que se verifica. A pandemia veio expor mais ainda esta grande fragilidade social e acentuar atitudes e comportamentos egoístas. Cada vez mais, o ser humano se volta para si mesmo, “olha só para o seu umbigo” e procura incessantemente a satisfação pessoal (muitas vezes associada a bens materiais). E é nesta desmedida proporção da importância das coisas que é preciso refletir.
Que caminho, enquanto sociedade, queremos seguir? Que sociedade queremos construir? Que valores pretendemos exaltar? Urge perceber que a empatia é verdadeiramente o bem essencial numa sociedade justa, equitativa, equilibrada e verdadeiramente social. Sem empatia, não somos muito diferentes “dos animais da selva”. Aliás, refletindo seriamente sobre a realidade atual, não estamos assim tão diferentes! Mas afinal o que é a empatia?
Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro; não fazer a outra pessoa, aquilo que não gostaria que fizessem consigo; perceber que o outro também tem sentimentos e aceitar o outro com os seus defeitos e qualidades; procurar ajudar o próximo como gostaria que o ajudassem também, pensar no outro e no bem comum antes de pensar no seu interesse pessoal, etc, etc.
É urgente a empatia para sermos verdadeiros seres humanos, e para nos transformarmos em  seres humanos de verdade! Assim, convido todos a que nesta quadra natalícia que se avizinha, e que é o símbolo maior de empatia, a serem empáticos para com os vossos pares nos diferentes círculos de relações (família, trabalho, amigos). Por certo, muitos momentos felizes acontecerão, até porque a verdadeira felicidade está na simplicidade das coisas e dos momentos, e não nos bens materiais (hoje em dia tão apreciados). Nada se compara à felicidade de ajudar quem mais precisa, perdermo-nos num abraço demorado com os nossos familiares ou amigos, doar um pouco de nós aos outros principalmente a quem mais precisa.
Seja gentil, sempre. Compreenda o outro como a si mesmo. Respeite as diferenças. Seja empático. Porque as atitudes e comportamentos são o que verdadeiramente definem o ser humano e cada um de nós.
E lembre-se que cargos são temporários, títulos são provisórios, mas a maneira como trata as pessoas, será para  sempre lembrada.

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