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Cidadania e Sociedade

QUE A PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO, ACONTEÇA NO CORAÇÃO DE PUTIN

Ana Ferreira 

Em tempo de celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, encontramo-nos ainda incrédulos ao horror da guerra a que todos assistimos. Nestes últimos dias, revelaram-se muitas das atrocidades cometidas pelos soldados russos contra civis (maioritariamente mulheres e crianças), que nos transportam para tempos primitivos, inimagináveis e expondo o pior do lado irracional, violento e incompreensível do ser humano!

Continuo, incrédula a assistir às notícias que nos chegam, às imagens e aos relatos que “nos matam por dentro”, aos pouquinhos, nesta morte lenta da HUMANIDADE!

Todos os dias continuamos a ser surpreendidos com mais atrocidades, impossíveis de explicar para qualquer consciência e o pior nos assombra, porque muitas mais estarão por vir.

Não nos podemos esquecer que Putin é um louco, vil e ignóbil que parou no tempo da era da União Soviética. Como qualquer outra múmia, está estagnado nessa época ditatorial de subserviência à maldade e ao diabo, que se apresentava pela mão dos seus filhos – os agentes do KGB.

Putin é um filho amado do diabo, por isso tempos negros se avizinharão. Não só para o povo ucraniano, mas para todos nós.

Celebramos a Páscoa, celebramos o centro da nossa fé: a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus. É um tempo favorável para confrontar a nossa vida com a de Jesus que, por nós, vai à paixão, e para nos deixarmos transformar pelo seu amor. O maior ato de amor, testemunhado na história da Igreja: Jesus Cristo morreu, por nós, por amor. Algo semelhante ao que o povo ucraniano está a fazer, todos os dias. Estão a morrer por amor ao povo, à pátria e ao valores fundamentais da Humanidade! Morrem para nos defender! Morrem por acreditar na Humanidade e tudo o que ela representa. Haverá maior ato de amor?

Mas que Páscoa terão os Ucranianos?!

O calvário do povo Ucraniano, começou em fevereiro e não tem data prevista para terminar (se um dia terminar). Em todos os dias na Ucrânia, a via sacra é feita sempre que as sirenes ecoam, num barulho ensurdecedor que atormenta horas seguidas, dias, noites e meses!

Vivem a Paixão, Morte e Ressurreição de filhos (as), netos (as), avós, avôs, outros familiares, amigos, vizinhos, num extermínio quase total, onde cada um tem a sua cruz pesada que carrega com a sombra da morte a pairar sobre os seus corpos, almas, identidade, património cultural e história de um país, sem nunca saber quando será o momento da sua morte! Vivem crucificados na cruz, por manterem a sua fé, crenças e esperança.

E esta vai ser a Páscoa vivida na Ucrânia. Uma Páscoa de terror e horror, fome, frio e morte!

Em contraste, numa ambiguidade quase de “desresponsabilização” e pensamento egoísta e mesquinho mas tão natural, dizemos: “ como não é comigo, não me preocupa” ou “ isto está a acontecer na Ucrânia, não é em Portugal”, dia após dia, vamos esquecendo e “normalizando” o sofrimento anormal daquele povo e procuramos saciar a normalidade dos nossos dias.

O compasso Pascal vai regressar com o frenesim de percorrer as nossas casas, as ruas da nossa freguesia que estarão animadas, cheias de vida, de sorrisos e alegria! Ouviremos o som do sino que anuncia a chegada de Jesus! Iremos celebrar a Páscoa com a normalidade que lhe conhecemos e que julgamos garantida.

Será mais um momento vivido em família, repleto de saúde, de paz e amor! E isso é o bem mais precioso que cada um pode ter. O bem mais precioso mas também o mais volátil, desaparece rapidamente sem aviso prévio.

Que nossos corações, pensamentos e orações, estejam com os Ucranianos. Que recebam amor, paixão e compaixão de todos nós. Que o seu calvário e a via sacra, por eles vividos, permaneçam nas nossas memórias e pensamentos neste Tríduo Pascal.

Que a Paixão, Morte e Ressurreição, aconteça no coração de Putin!

Aleluia!

Aleluia!

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