José Castro
Não há dúvida que o ser humano é “algo” “complicado” e “complexo.” Os cientistas e investigadores, estudam com equipamentos cada vez mais evoluídos, o cérebro (ou mente!) humano(a), seus circuitos neuronais, respetivo mapeamento, numa visão cada vez mais específica mas também cada vez mais holística, com interação entre todos os órgãos. Afinal, somos um todo inseridos num tudo!
Para a maioria dos cidadãos, fazemos uso “na ótica do utilizador” do nosso cérebro e restante corpo. Afinal, é como utilizar um automóvel no dia-a-dia, não percebemos nada de mecânica, não sabemos as leis da termodinâmica ou as reações químicas que ocorrem no momento de explosão do combustível ou da bateria, mas sabemos pegar no carro, colocar combustível e deslocarmo-nos para onde quisermos! De igual forma, também “pegamos” no nosso corpinho (leva tempo a aquecer pela manhã…!), alimentamo-lo, fazemos algumas revisões e vamos andando, muitas das vezes sem sabermos onde queremos chegar! Apesar dessa “aparentemente” simples utilização, parece que não o fazemos da forma mais positiva e produtiva! Para dirigirmos automóvel temos de tirar a “carta” e se praticarmos o que aprendemos, a condução tem maior probabilidade de correr bem. Mas nunca tiramos a “carta” de condução de nós próprios! Nunca nos propuseram a Carta de Condução Humana! Não fomos ensinados de forma consciente e sistemática a sabermo-nos conduzir. Vamos mais numa de tentativa erro…que se fosse num automóvel, já estava todo amolgado! Claro que os pais, família, professores, amigos, colegas de escola ou de trabalho, vão dando uma “dicas” ( não por que tiraram a CCH, apenas por que já cometeram outros erros), que pelos vistos é claramente insuficiente. Essa é a razão por que meros conselhos não têm uma eficácia tão alta como pensaríamos. A maioria dos humanos apenas copia aqueles que os antecederam ou os que com eles convivem, não acrescentando nenhuma mais-valia! Apesar disso, muitos conseguem atingir na vida condições de bem-estar e de conforto acima da média. Mas há sempre um mas…
Será que esse bem-estar conseguido se traduz num bem-sentir intrínseco a cada pessoa? Quantos de nós que têm “tudo o necessário”, mas não se sentem bem, nem com elas nem com o mundo? Para complicar “as coisas” constata-se que muitos dos que não conseguiram esse mesmo nível de bem-estar, conseguiram atingir um nível superior de bem-sentir! (Conseguiram…mas este não é reproduzível). Afinal, consciente ou inconscientemente todos procuramos esse tal bem-sentir. Como o conseguir se desconhecemos o que é o “bem-sentir” e o caminho? Apesar de todos estes paradoxos, se essa aspiração está inata no ser humano é porque há uma saída! Essa sensação de “felicidade” que advém do bem-sentir, não é um acontecimento milagroso aleatório e periódico que ocorra a cada 1000 anos! Não é uma questão de sorte! É mesmo possível ser trabalhado aos níveis mais profundos do ser humano! Essa Carta de Condução Humana existe, mas a sua componente prática, é pessoal, intransmissível e inviolável! Toda e qualquer mudança ocorre a nível interno (intrapsíquico ou mental) após se adotar atitudes/comportamentos conscientes, positivos e éticos. Para buscar o seu Bem-sentir é imprescindível otimizar o seu relacionamento intra, inter e transpessoal desenvolvendo assim, a sua inteligência emocional e espiritual. Aceita o desafio?