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FALAR DE AMARANTE

Dália Carneiro

“Cantar Amarante
É ver cada esquina
Com feitos que a história
Tornou imortais
Cantar Amarante
É ler Agustina
Lembrar Amadeu
E dizer Pascoaes” ,

Assim diz uma das canções vencedoras do saudoso Festival da Canção do Tâmega.

E assim é!

Haverá cantinho neste nosso Portugal com tantos vultos da cultura como o nosso?!
Hoje apeteceu-me falar de Amarante!

Não porque comemoramos recentemente 150 anos do nascimento do grande pintor que foi António Carneiro, ou porque se iniciaram as comemorações do centenário de Agustina Bessa Luís, mas porque vejo Amarante como já há muitos anos não acontecia.

Amarante transborda…

Desenganem-se, não, não é o Tâmega que está sair do leito!

Trilhos das Azenhas e Castanheiros ao encontro do Rio Tâmega 

E por falar no rio, já se foram “deliciar” numa bela caminhada pelos trilhos das Azenhas e dos Castanheiros? Já foram admirar a magnitude daquelas obras e o seu envolvimento?

Há pessoas de muitos lados a deslocarem-se a Amarante para fazer os nossos trilhos e saem daqui maravilhadas! Acreditem ou não,  e sei que muitos, os do costume, o colocarão em causa, mas é uma realidade comprovada, os novos trilhos trazem muita gente à nossa cidade.

Não posso falar em “muita gente”, sem me lembrar dos últimos meses e da quantidade de pessoas que recebemos, da quantidade de pessoas que visitaram Amarante, que aqui passaram férias, que desfrutaram da nossa cidade e de tudo o que a nossa cidade lhes pode proporcionar. Há quanto tempo não viam Amarante assim? Não, não me venham dizer que as pessoas estavam cansadas de estar confinadas e que por isso havia muita gente. É verdade, todos estavamos cansados do confinamento, mas será que escolheram vir para Amarante porque era o único lugar disponível no mundo?! Sejamos honestos e valorizemos aquilo que é nosso! Vieram para Amarante porque é apetecível,  porque tem muito a oferecer, porque estamos em franco crescimento e desenvolvimento.

Este verão,  arrisco dizer que depois das Festas do Junho, Amarante não parou, teve sempre algo diferente a oferecer aos seus e aos forasteiros. E não preciso de dizer que, no meio de tantos eventos, tivemos um UVVA,  tivemos um concerto do nosso Noble, um concerto da Bárbara Bandeira, com milhares de pessoas a assistir, bastava talvez dizer HÁ FEST, um festival que pôs Amarante a vibrar e que encheu as ruas da cidade de vida e alegria.

E não me venham dizer que foi tudo muito bonito, mas que perdemos o Mimo. E muito menos mo digam com regozijo, como vejo alguns, inqualificáveis, fazê-lo.

E não quero com isto dizer que o Mimo não foi um festival grandioso, que não trouxe muita gente e que não colocou Amarante nas bocas do mundo, porque o foi, quero tão só e simplesmente dizer que Amarante não perdeu o Mimo, Amarante ganhou dignidade, porque soube dizer que, naquele momento, não ia pagar por um festival que não se ia realizar, porque todos os eventos estavam cancelados por causa da pandemia.

E não tenhamos dúvidas, mesmo sem o tão afamado Mimo, Amarante corre mundo, pela voz dos nossos, pela voz dos milhares de turistas que por cá passam e que ficam maravilhados com a cidade.

Talvez não vos tenha dito muito, nesta minha vontade de falar de Amarante, mas foi o que a minha alma ditou… talvez precisasse de o escrever, vá-se lá saber!

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