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Cidadania e Sociedade

PROFESSORES – O NOVO ROSTO DA LUTA PELA DEMOCRACIA

Ana Ferreira

A luta dos professores, não é só uma luta pela defesa da escola pública enquanto estrutura fundamental de promoção de  igualdade social e de oportunidades, e por isso considerada como elevador social, que contribui para o “status quo” das crianças e jovens, independentemente das condições económicas da família. Na escola pública, ao contrário dos colégios privados, todos os alunos têm a mesma igualdade de oportunidades, de aprendizagens, de sonhos e objetivos (seja pobre ou rico).

Debate-se hoje, em praça pública, a problemática da “morte anunciada da escola pública”. “Morte anunciada”, há pelo menos 20 já, que resulta da falta de investimentos dos sucessivos governos na Educação e da falta de uma ação estratégica concreta que aliciam os jovens para esta profissão. É bom relembrar que nos últimos 20 anos Portugal. teve maioritariamente governos PS e que iniciaram este ataque à escola pública, pelas mãos da Ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues.

Ser professor no nosso país, nos dias de hoje, é ser um verdadeiro mártir! E isto explica-se muito simplesmente por vários fatores que condicionam a atratividade desta profissão desgastada e desgastante, pela constante instabilidade (ano após ano) da incerteza de uma colocação, de um horário completo, do magro vencimento, pela falta de condições laborais (escolas antigas sem o mínimo de condições físicas; turmas com excesso de alunos; indisciplina crescente; agressões físicas e verbais por parte de alunos e EE, etc); falta de apoios para deslocações ( sabiam que não há ajudas de custo para alojamento, utilização de viatura para deslocações e ADSE é paga pelo próprio profissional de educação).

Em resultado dos argumentos enunciados anteriormente, associados à péssima gestão dos recursos humanos e a constante desvalorização política e pública da profissão docente, levaram e levam à falta de atratividade dos jovens pela profissão. E isso já está claramente patente em determinadas zonas do país, onde faltam docentes, ano após ano e há turmas sem determinadas disciplinas, o ano letivo todo!

Com o argumento de serem caros ao país e à prosperidade da economia portuguesa, os professores sofreram várias penalizações, ao longo dos últimos anos. Os contratados viram as suas condições de trabalho serem cada vez mais precárias, desde a forma como são colocados a concurso os horários, à própria contagem do tempo de serviço (para efeitos de concurso ou mesmo para efeitos de reforma). Os professores de quadro viram a sua progressão congelada e estrangulada, enquanto desapareciam anos completos de trabalho realizado.

A luta dos professores transformou-se assim numa luta pela DEMOCRACIA que está a definhar num país COR DE ROSA e que se afoga rapidamente nos meandros dos interesses financeiros de partidos políticos, de governantes, da banca, TAP, GALP, RTP, EDP, EFACEC e de algumas famílias que são as donas disto tudo – MAÇONARIA.

A luta dos professores deve ser a luta de todos os portugueses que querem vislumbrar um futuro melhor e promissor para todos nós. Temos, por isso que ser agentes fiscalizadores e reivindicativos de políticas assertivas, coerentes e efetivas em prol do desenvolvimento e sustentabilidade do nosso país.

O povo português resignou-se! Deixou de acreditar na política e nos políticos! Decidiu, por maioria, deixar o barco andar sem rumo! Mas PORTUGAL e a DEMOCRACIA precisa de todos nós. Ao ficarmos resignados ao marasmo e ao desnorte político, num espetro alheado das importantes e fundamentais necessidades de atuação das reformas políticas, estamos a PACTUAR com CAMINHO PARA O ABISMO, escolhido pelo atual (des)governo ( há pelo menos 7 anos já!).

Melhores tempos não se adivinham, nem se esperam. Por isso é NECESSÁRIO que O POVO ACORDE DESTE SONHO COR DE ROSA, cuja retórica é enganadora e plenamente ligada ao regime de ditadura encapotada. O futuro do país não se constrói de subsídio-dependentes, da entrega de cabazes de alimentação, da expropriação de casas, da aniquilação do poder de compra dos trabalhadores ( que trabalham para pagar impostos e inflação), de jogos de futebol que entretém o povo, de telenovelas e big brother.

PORTUGAL está a “morrer ao pouquexinho” e por isso é preciso que o povo se erga, levante a sua voz e saia para a rua, exigindo PÃO, TRABALHO, EDUCAÇÃO, SAÚDE, DIGNIDADE DE SALÁRIOS E QUALIDADE DE VIDA!.

É preciso que o povo erga a sua voz, contra a perda da DEMOCRACIA, DIREITOS E VALORES DE CIDADANIA.

É PRECISO QUE O POVO ACORDE!

Pelos valores do 25 de Abril, não podemos mais assobiar para o lado!

A luta dos professores é e deve ser a luta de todos nós, PORTUGUESES!

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