Cultura, Literatura e Filosofia

MARCHA PELA EDUCAÇÃO EM AMARANTE

Maria Alice Sousa A ponte de Amarante e a praça da República (Largo de São Gonçalo) são símbolos de resistência, há mais de 200 anos, aquando das invasões francesas. No próximo dia 17 de março, sexta-feira, essa ponte e essa praça / largo vão ser também símbolo de resistência dos professores portugueses. A partir das 18 horas, a comunidade educativa, de Amarante e concelhos vizinhos, vai manifestar-se pelas ruas da
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OS ALGORITMOS E AS RELAÇÕES VIRTUAIS

Regina Sardoeira Hoje decidi escrever sobre um tema científico e filosófico e que é designado há vários anos, pelo menos desde 2013, como Dataísmo. Vou citar: “No seu livro Homo Deus, de 2016, Yuval Noah Harari aprofunda a ideia de Dataísmo, enquadrando-a num contexto histórico. Argumenta que todos as estruturas políticas e sociais podem ser vistas como sistemas de processamento de dados: "O Dataísmo declara que o universo consiste em fluxos de dados e que
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NIETZSCHE

NIETZSCHE Hoje pedi a Friedrich Nietzsche um texto do seu imponente livro “Assim Falava Zaratustra”. Não tenho nada a acrescentar e até seria um enorme atentado à beleza destas palavras dizer sobre elas fosse o que fosse. Será, então, esta a minha crónica desta semana. DO AMIGO      "  «Tenho sempre junto de mim uma presença importuna», pensa o solitário.. Sempre uma vez um acaba por fazer dois, com o tempo.
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CERTEZAS ERRÓNEAS

Por dentro do olhar persiste o de fora do ser, enquanto ilusão ou metáfora da sensação falseada no gume do olhar. Nunca saberemos o que são as coisas, meras transcrições de apontamentos, visíveis nos torvelinhos vários do tecido complexo da alma ou do corpo Dizemos alma, como se a alma fosse o etéreo disperso no côncavo do ser; e, contudo, a anima permanece nos poros da pele, alimento das veias, matéria nutricional
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EM JANEIRO, SALTO DE CARNEIRO

Anabela Borges em janeiro, salto de carneiro Janeiro é o mês de todos os recomeços. É quando repensamos a vida, reflectimos sobre as nossas atitudes e o que nos rodeia; redefinimos metas e traçamos obectivos. Eu não tenho muito o hábito de mudar coisas em janeiro (por força da profissão, faço-o em setembro), mas, por mais que não queira, há ali uma alavanca que me impele a fazer uma auto-análise,
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OS LIVROS E O LOGRO DAS EDITORAS

Regina Sardoeira Iniciarei a minha crónica com uma citação de uma escritora que considero excepcional. Ela escreveu o seguinte: “Acredito que os livros, uma vez escritos, já não precisam dos seus autores. Se tiverem alguma coisa para dizer, mais cedo ou mais tarde encontram leitores; se não, não…gosto muito desses livros misteriosos, tanto antigos como moderno, que não têm um autor definido, mas têm tido e continuam a ter uma
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DIALÉCTICA

Regina Sardoeira Um homem morre um certo dia e leva consigo o segredo da vida. Ninguém jamais poderá equacionar o peso dos momentos decisivos ou adivinhar os pensamentos fugidios que lhe perpassam a mente no segundo derradeiro. Dizemos derradeiro, e nem tão pouco sabemos se este derradeiro será, de facto, derradeiro para aquele que morre, escapa-nos essa dimensão intangível, escapa-nos esse suspiro final, esse parar lento do coração, esse balbucio lento do
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CONFIDÊNCIAS

Regina Sardoeira Enquanto passeamos por esta alameda e não nos perturbam quaisquer inquietações, como se vivêssemos um pequeno momento subtraído ao tempo – e, suponho que concordará, são raros estes hiatos na era actual! – deixe-me confidenciar-lhe alguns dos meus pensamentos mais recentes… não gosta de confidências? Pareceu-me sentir um frémito de desapontamento no desenho dos seus ombros… enganei-me? Mas é claro, todo o nosso corpo fala, porque não poderiam,
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E ENTÃO, QUE SEJA NATAL

Dália Carneiro E então, que seja Natal… Tenho memórias de natais fenomenais, não me recordo deles pelos presentes, mas porque tinha toda a família reunida, porque na tarde do dia 24 ia com os meus primos para o monte apanhar pinhões para jogarmos ao “rapa”, eu que era a menina que vivia no centro da cidade e apesar da distância ser inferior a 1km até casa dos meus avós maternos,
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ALTIFALANTE

Regina Sardoeira Escrever? Sim, escrever porque não temos púlpito onde falar e a voz que deveria sair natural e espontânea quebra-se num cicio incoerente, perante o arrazoado dos que detêm o altifalante. Altifalante. reparem, esta palavra é insípida e nada literária: e no entanto era dele que precisávamos nós todos, nós que percebemos o vácuo na plenitude do fraseado dos outros, esses que enfunam o peito e pigarreiam nervosamente para