Regina Sardoeira A tentativa de aceder à hegemonia, usando todos os meios disponíveis, é de todos os tempos, no que diz respeito à sociedade dos homens. Basta lançar um relance sobre a História para percebermos esta realidade: em certas épocas, ciclicamente, um homem ergue-se, empoderado por milhares de outros, e reivindica, para si o domínio do mundo. Há o povo comum, todos aqueles que não querem destacar-se (ou não podem
Regina Sardoeira Gostaria de escrever uma crónica que pudesse explicar cabalmente o abalo de uma guerra, muito específica e actual, que grassa neste momento e envolve (pelo menos visivelmente) dois países; confesso, porém a imensa dificuldade de levar a cabo um tal intento. Percebi (e digo-o sem qualquer rebuço) que pouco sabia da Ucrânia, de todos os pontos de vista, porque pouco me interessara. Exceptuando a sua localização geográfica, o
Caminhei, tropecei e caí. Caí fundo e afundei num poço sem saída! Tantas guerras que consigo ver neste fim do mundo – que conceito é este, que ainda é tão vago? Confesso que se torna cada vez mais complexo analisar os temas da atualidade, porque todos eles, na sua essência, contêm uma gota de guerra. Desde sempre me lembro de apreciar meios de comunicação social. Embora faça parte de
Regina Sardoeira O nosso tempo, este século XXI alucinado e alucinante, nada tem de facto que seja extraordinário ou sequer notável, basta olharmos à nossa volta com alguma circunspecção e depressa entenderemos em que espécie de logro nos vamos acoitando, crentes de que nos doura uma superioridade ou uma inteligência que não existia noutras eras e à qual bruscamente aderimos no salto do milénio e do século. Falta-nos, porque os
Regina Sardoeira Cada vez menos entendo a guerra, esta mesquinhez dos homens, travestida de grandeza, pela qual invadem territórios alheios na ânsia de conquista. Oiço falar todos os dias de uma iminente invasão da Ucrânia pela Rússia, de declarações deste e daquele país, já prontos para interferir, lançando-se também eles na guerra e, salvo ambições de carácter económico, que são, frequentemente, o alvo morivador de todas as guerras, ou desejos
Regina Sardoeira Vejo que não gostaram muito de Descartes e que o cogito, ergo sum pouco vos impressionou. Percebo que verdades como esta não têm valia no mundo apressado e cheio de truques a que chegamos hoje, quando quatro séculos nos separam do célebre matemático francês. Ora bem, aí está, matemático porque essa categoria convém-lhe sobremaneira, talvez mais ainda que a de filósofo… eu não vos falei da demonstração por
Maria João Covas Há muito tempo que não andava por aqui. A vida a acontecer e nem sempre como nós queremos ou gostaríamos. Mas acontece. E voltei. Para manter a coerência deveria recomeçar estas minhas opiniões com um livro de um autor nacional, mas vou fazer diferente este ano. Assim sendo, hoje vou falar de um livro de um autor nórdico, Fredrik Backman, e o seu mais recente livro “Gente
Regina Sardoeira "Penso, logo existo", eis, decerto, a única verdade filosófica alguma vez intuída por um filósofo, a única capaz de resistir a tantos e tão variados esforços para contrariá-la ou mesmo destruí-la, desde aqueles que o seu próprio autor empreendeu, no seu tempo e no próprio livro onde a ela arribou, até aos esforços sapientes, ainda que desajustados, do neurocirurgião António Damásio! Espantemo-nos muito, arregalemos os olhos, nós todos
Regina Sardoeira Há dias, e pela primeira vez desde que este "novo tempo" se imiscuiu no nosso quotidiano, fui impedida de jantar num restaurante. Ao entrar, dois funcionários interpelaram-me, quais polícias do espaço, e pediram-me o comprovativo de um teste negativo do covid 19. Decerto tenho andado um pouco distraída, pois não realizo este tipo de testes diariamente, o que teria sido, decerto, necessário naquelas circunstâncias visto que decidi, repentinamente,
«Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E se olhares longamente para um abismo o abismo também olha para dentro de ti.» Friedrich Nietzsche, Para Além do Bem e do Mal Regina Sardoeira Basear um texto nesta frase de Nietzsche parece comportar todos os riscos, parece desafiar toda a moral e todos os preconceitos; mas é essa exactamente a sugestão que